A Hardlink iniciou de forma inusitada, com atuação na área de melhoramento genético em suínos, empresa que o atual Diretor-Geral, Martin Foster, administrava em sociedade com o pai, Donald Foster. Após sete anos de sucesso e liderança no mercado brasileiro, ela foi vendida para um grupo argentino/espanhol e os Fosters resolveram encarar mais um desafio.
A Inglaterra, que já havia gerado o negócio inicial de genética suína, através da franquia com uma companhia inglesa, foi novamente o destino da dupla, descendência dos Fosters. Após contatos locais e incentivados por um amigo que já atuava como broker internacional de compra e venda de partes e peças de equipamentos, principalmente da marca IBM, surgiu uma nova possibilidade de negócios na área de TI, que ainda engatinhava no Brasil. Desafio aceito, nascia assim a Hardlink, fusão das palavras Hardware e Link.
De volta ao Brasil, a missão inicial foi realizar uma pesquisa sobre mercado, concorrência e negócios em uma área totalmente desconhecida para os Fosters. A casa da Vila Assunção, na zona sul de Porto Alegre, foi transformada em QG de vendas. Martin ficou responsável pelo mercado nacional e Donald assumiu os contatos com o mercado externo.
“Vivíamos no telefone, praticamente 24 horas por dia. E eram 24 horas mesmo, devido ao fuso horário”, garante Martin, de forma bem-humorada.
Em sua primeira fase, a empresa atuava exclusivamente com compra e venda de partes, peças e equipamentos IBM adquiridos dos fabricantes e distribuidores no Brasil e através de importação para atender as revendas da marca no país. Após seis meses de atividades, graças à boa resposta do mercado, foi necessário contratar o primeiro funcionário.
Em 2004, com o crescimento das vendas, a Hardlink aumentou a importação de partes e peças para upgrade de equipamentos da IBM, software e hardware e necessitou ampliar sua estrutura, alugando uma casa maior no mesmo bairro, chegando rapidamente a 11 colaboradores. Pouco tempo depois , o portfólio da empresa já exibia novas marcas de vários players de mercado de TI, como a HP, Cisco e algumas marcas que já não existem mais ou foram incorporadas.
“A Hardlink nunca se afastou do mercado internacional. Está no DNA da empresa e da família. Sempre atuamos fortemente na importação e exportação e no fornecimento de partes e peças para equipamentos descontinuados que ainda é um dos nossos grandes diferenciais, desde a nossa fundação até os dias atuais”, garante Foster.
Em 2006, em função da necessidade de um espaço maior para estoque de equipamentos, acontece a mudança para uma nova sede, na rua Dr. Mário Totta, no bairro Tristeza, onde a empresa funciona até hoje.
Após consolidar uma trajetória comercial de sucesso a partir da base de Porto Alegre, a Hardlink iniciou seu projeto de expansão para outros estados e para os EUA, inaugurando sua primeira filial em Santa Catarina no ano de 2017; São Paulo, em 2018 e Miami, também no mesmo ano.
A Hardlink Global, subsidiária de Miami, vem expandindo o número de operações anualmente. Focada no terceiro setor, principalmente na exportação para o Brasil de produtos de TI e especialmente para empresas do segmento de educação e saúde, certificadas no CEBAS (certificação das entidades beneficentes de assistência social), é onde a Hardlink está ampliando sua penetração.
Atualmente a Hardlink conta com mais de 60 colaboradores e realiza mais de 80 milhões em negócios nas estruturas no Brasil. 2020 foi um ano de muitos desafios, mas a empresa conseguiu crescer mais de 30%, atingindo seu objetivo para o ano. Em 2021, a Hardlink projeta crescer mais 30%, passando dos 100 milhões em vendas.
“Há alguns anos, os mainframes eram muito comuns em todos os setores da economia e hoje são utilizados somente por grandes corporações, especialmente do varejo e setor financeiro. O perfil dos clientes mudou e o mercado acompanhou a mudança. As empresas passaram a oferecer máquinas menores com muito mais capacidade de processamento e de armazenamento de dados. A transformação digital acelerou rapidamente nos últimos anos, especialmente durante a pandemia, mudando as caraterísticas das empresas e a forma de ver o quanto a TI é necessária e importante para a aceleração dos negócios. A cloud híbrida é o futuro do mercado, mas muitas empresas não vão deixar de contar com sua própria infraestrutura de TI, seu data center ou seus próprios equipamentos para rodar dados e informações mais importantes e estratégicos”.
“O grande desafio de todas as empresas de TI e da própria Hardlink é cada vez mais buscar um processo de geração de receita recorrente, abrindo diversas frentes de negócios, muitos deles voltados ao outsourcing de produtos, serviços especializados e gestão da tecnologia, mas todos relacionados ao segmento de TI, no qual atuamos desde o início das nossas operações.”
“Estamos observando as corporações com muita atenção em busca de oportunidades de negócios através da participação acionária ou investimentos em empresas de pesquisas e desenvolvimento de produtos ou novas soluções inteligentes.O fornecimento de soluções de IaaS (Infraestrutura como Serviço) , PasS (Plataforma como Serviço) e SaaS (Software como Serviço) on demand e a área governamental, entre outros setores ligados à tecnologia, também estão no nosso radar”, destaca Martin Foster.